quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O som da música está de volta

Hoje, no post da Marcela Buscato, no Blog 7X7, eu relembrei uma das minhas emoções prediletas: a de quando vi o filme "A Noviça Rebelde", pela primeira vez. E de muitas outras vezes em que revi o filme, um clássico que jamais morrerá.
Quero dividir com vocês, amigos, a notícia de que o elenco do filme se reunirá pela primeira vez após 45 anos, no programa da Oprah Winfrey. E, melhor, a família Von Trapp, que deu origem à história, estará também presente. Imperdível, não é? Querem saber detalhes, onde, como, a que horas? Cliquem aqui!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Coragem, aonde você andava?

Já falei aqui sobre o que o medo pode fazer às pessoas. Digo e repito que o medo deve ser um motor e não um freio. Me lembrei disso ontem.
Uma amiga foi fazer a primeira tatuagem de sua vida após 20 anos de longa espera por... coragem!  E agora ela sabe que não era assim tão bicho-papão esse  negócio de pintar a pele. A partir daí passou a fazer coisas que há muito tempo vinha precisando e desejando muito fazer, e que havia protelado ou deixado de lado porque o medo a impedia - medo de errar, de arriscar, de ser rejeitada de novo, de levar um não como resposta, de que as pessoas não a achassem boa o suficiente para que fizesse parte da vida delas. Medo de quase tudo, disfarçado de boa-vontade, camuflado entre vários "sim" ditos de sorriso no rosto, como se tivesse tomando um sorvete, quando na verdade estava provando remédios amargos.
Minha amiga me deu muito orgulho, porque hoje posso dizer que ela (não por caua da tatuagem, mas pelo que ela significou nesse momento), é uma mulher que resolveu tornar-se protagonista da própria vida (como disse um personagem do filme "O amor não tira férias" - assistam!). Minha amiga, claro, tinha  absoluta certeza do que estava sendo marcado para sempre no próprio corpo, e, a cada movimento do tatuador, essa certeza ia aumentando e uma emoção grande tomando conta de sua alma, como se ali, junto com a tinta, estivesse sendo pintada a verdadeira mulher por detrás daquele corpo.
A coragem da minha amiga que, alías, ficou absolutamente feliz com o resultado e com a sua atitude depois de tanto tempo esperando por esse momento, é um marco e fica aqui registrado, como minha homenagem a ela e inspiração para outras. Não para que saiam fazendo tatoos por aí - que isso é coisa muito pessoal - mas para que ajam de forma a não se arrependerem do que não fizeram. Creiam: isso é muito pior do que se arrepender do que se fez.
Foto e tatuagem: Leo Lobinho/Pietá Studio de Tatuagem/Belo Horizonte (MG)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

I Try to discover...

Poucas bandas fizeram tanto sucesso como esta, que estourou nos anos 80 e até hoje arrasa. A letra a seguir tem muito a ver comigo e com a minha história, além de ser um balanço capaz de agitar qualquer um, independente de idade. Quem quiser ouvir, clique aqui. Pra cantar, é só seguir a letra aí embaixo, ta.


I try to discover


A little something to make me sweeter

Oh baby refrain from breaking my heart

I'm so in love with you

I'll be forever blue

That you gimme no reason

You know you make-a-me work so hard


That you gimme no

That you gimme no

That you gimme no

That you gimme no


Soul, I hear you calling

Oh baby please give a little respect to me


And if I should falter

Would you open your arms out to me

We can make love not war

And live at peace with our hearts

I'm so in love with you

I'll be forever blue

What religion or reason

Could drive a man to forsake his lover


Don't you tell me no

Don't you tell me no

Don't you tell me no

Don't you tell me no


Soul, I hear you calling

Oh baby please give a little respect to me


I'm so in love with you

I'll be forever blue

That you gimme no reason

You know you make-a-me work so hard


That you gimme no

That you gimme no

That you gimme no

That you gimme no


Soul, I hear you calling

Oh baby please give a little respect to me


Soul, I hear you calling

Oh baby please give a little respect to me

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Boa noite, coração

Boa noite a quem não desistiu.
Boa noite a quem chegou até o fim do dia e descobriu que viveu um pouco melhor o dia de hoje do que o dia de ontem.
Boa noite a quem pensa em tirar da vida o melhor e vai dormir hoje com a sensação do dever cumprido.
Boa noite a quem encontrou o amor, nem que seja pelo telefone.
Boa noite a quem colocou os pés na grama e sentiu a  maciez que só ela tem.
Boa noite aos que não se deixaram levar pelo som do impossível e se puseram a cantar uma música nova.
Boa noite à moça feia na janela, ao passarinho que achava ter perdido o rumo de casa e, depois de tanto tempo, retorna, ainda meio tonto, com medo e inseguro, mas retorna.
Boa noite à sereia que parou de cantar simplesmente porque entendeu que o amor chegou e que não necessita mais encantar a todos, mas apenas a um.
Boa noite à esperança, que não morre, mas adormece e acorda todos os dias mais bonita.
Boa noite ao tempo, que não envelhece.
Boa noite ao assobio do vento, que é como cantiga de ninar os amantes da noite.
Boa noite a você, que me ouviu e que está em meus braços, embora distante.
Boa noite à lágrima que se cansou de cair, porque a tristeza passou...
Boa noite, coração.
Boa noite.
Texto: Lidiana Braziolli
Imagem: amamaia.blogspot.com

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Felicidade de pés descalços

Hoje estou feliz que nem criança quando ganha um doce, como menino que consegue apanhar aquela fruta que estava lá no galho mais alto, como uma menina que fica sentada no muro comendo um pedaço de bolo que acabou sair do forno, balançando os pés como se nada no mundo mais importasse. É aquela felicidade que ainda não é "a" felicidade, mas que já é um começo, uma luzinha brilhando como quando a gente ta andando no meio do mato e acha uma fruta no chão e aí fica alegre, mas logo pensa na árvore cheia de frutos iguaizinhos e frescos. Os olhos brilham. Pois é. Enquanto a gente não acha a árvore, vai ficando alegrinho, alegrinho, só imaginando o resto. E essa é a minha sensação agora.
Estou curtindo esse momento. E rezando para que eu chegue logo ao pé da árvore.
Você, aí, do outro lado, já se sentiu assim? Em que momentos da sua vida te deu esse comichão de criança de pé no chão caçando fruto no meio do mato? Ou que subiu no muro pra roubar a fruta do vizinho? Já sentiu esse gostinho? Pois então sabe bem do que estou falando.

domingo, 12 de setembro de 2010

Do bicho-pau

Os amigos desse meu pedacinho que me perdoem, mas estou naquela fase em que os ursos ficam. Me sinto uma ursa em estado de hibernação. Não tenho vontade de nada, a não ser de ficar comigo mesma, pensando, pensando, escondida num lugar em que somente meus sonhos e pensamentos podem chegar. Penso em como seria não enxergar, não andar, não poder se mover, estar diante de um obstáculo até certo ponto intransponível.
Fico pensando em como seria não poder sentir as próprias pernas, ou enxergar por onde vão os próprios pés. E de como seria lidar com isso pelo resto da vida. Talvez não seja tão fácil, mas talvez não seja tão difícil. É mais ou menos assim que me sinto ultimamente, como se estivesse paralisada - imóvel e impotente diante de uma força maior que eu - e ao mesmo tempo cega, diante de algo que me atrai feito a luz da lâmpada atrai uma mariposa. Talvez me queime. Talvez me machuque. Mas certamente vou sair mais forte disso tudo. O que não posso, não quero e não devo fazer, é fingir que nada está acontecendo. Que essa dor não me atinge. Ou que isso deve ficar repousando por mais vinte ou trinta anos, "no pano de guardar confetes".
Meu avô Zé Braziolli dizia que todo mundo tinha seu lado bicho e que todo bicho tinha uma parte da vida em que precisava recuar diante de situações que lhe fugiam ao controle, ou que exigiam ficar paradinhos, inertes, completamente imóveis, a fim de salvar a própria pele, ou simplesmente para em seguida tomar a decisão correta. É um ato de coragem e ao mesmo tempo de autoconhecimento. Meu av dizia que o bicho-pau, que a gente vivia encontrando no meio das plantas do jardim, adorava se fingir de morto, pra depois ficar "rindo da nossa cara".
Pois esse é meu momento bicho-pau. Quero ficar assim, até poder rir da cara do destino.
Foto: http://www.scb.org.br/inspiracao/naturezaviva/2k20310.asp

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Das coisas que não vivi

Hoje estou triste. E a culpa é das coisas que não vivi. Dos beijos que não dei. Dos abraços que não ganhei. Das noites e dias não divididos. Boa parte da vida que estou vivendo passo a pensar sobre essas saudades e de como teria sido se eu tivesse escolhido fazer diferente. Outra parte significativa do meu tempo é dedicada a viver pelos que estão presentes na minha vida hoje e que são muito importantes pra mim. Mas nenhum deles sou eu. Tenho a impressão de ser egoísta quando penso apenas em mim, na minha felicidade, em viver pelo menos por um dia emoções que me façam sair do chão. Será que eu mereço ou não viver esse momento, esse dia especial. Fico pensando como seria desafiar a ordem das coisas. Como seria não ser tão certinha, tão correta, tão ética. É tentador pensar na felicidade completa. É tentadora como canto de sereia essa felicidade que me chama nos sonhos, na imaginação...
Há momentos - e este agora é um deles - em que tenho vontade de largar tudo, tudo mesmo, e sair. Simplesmente sair, com uma mala nas mãos e uma passagem para algum lugar do passado onde fui muito feliz. Onde as coisas eram simples. Onde não existia perigo de infelicidade ou infidelidade.
É muito difícil não pensar em como teria sido se as decisões tomadas por nós tivessem sido diferentes. Conviver com essa dor, disfarçá-la por tanto tempo, mascará-la a ponto de pensar que ela não mais existisse, isso tenho feito, sim, mas nem sempre é possível. Especialmente nesse mês de setembro, quando se aproxima o meu aniversário.  O número 19 tem um significado especial pra mim, mas não é exatamente por ser a data em que eu nasci, mas por representar uma feliz coincidência e por me trazer uma esperança - tênue, curta, quase mórbida - de que um dia, num aniversário, eu receba o presente que espero há tanto tempo.
O mês de setembro é o mês dos ipês amarelos. Essa árvore forte do cerrado mineiro que faz parte da minha vida e que se parece muito comigo também. Hoje, vindo de Curvelo pra BH, vi muitos deles em meio à cinza e ao pretume deixado pelo fogo. Alguns estavam queimados quase completamente, mas na copa, lá no alto, uma ou duas flores resistiam amarelando de longe a paisagem, brilhando no sol causticante da manhã de setembro. Kilômetro a kilômetro, lá estava ele, o ipê, florindo depois de ser incendiado.  Como se rindo daquilo tudo. Rindo da própria sina, do sofrimento inevitável. E ao mesmo tempo como um sinal de que a chuva vai chegar. Por várias vezes me sinto como eles, os ipês amarelos. Se pudesse, tinha um debaixo da janela. E você, que árvore gostaria de ter debaixo da sua janela?
foto: area3.updateordie.com

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os pulos do gato

Tem gente que sempre tem desculpa pra tudo. Descobri (não riam!) que sou assim também. Ando, nessa beira dos 4.2, des-cobrindo muita coisa a meu respeito. E boa parte delas não é tão boa assim de descobrir, não. Como diz a própria escrita, tirar a coberta de cima de si mesmo dá trabalho e exige um tiquim assim de coragem, viu?
Pois não é que euzinha sou mesmo muito da enrolada? Me enrolo em planos mirabolantes para sair dos sufocos em que eu mesma me coloco com todo o prazer desse mundo.
Digo: isso nunca mais!, aquilo mais nunca!, e, quando vejo, ó eu lá toda entrevada de novo, do mesmo jeitim que estava antes. Não é nada fácil aceitar minha incapacidade de cumprir as promessas que faço. Inclusive as que faço a mim mesma e, estas, com mais frequência e na maior cara-de-pau.
O uso indiscriminado do cartão de cruz-crédito-avemaria! era uma das coisas constantes da minha lista de morte. Ressuscitei-o sem o menor problema, embora uma luzinha vermelha piscasse lá fundo, mas lá no fundinho da minha cabeça, dizendo "PERIGO! PERIGO!". Em nome da "necessidade da hora"  e todas as desculpas imagináveis, fui tratando de apagar a luz e ir pagando todos os desejos impulsivos com ele, o cartãozinho maldito. Meio minuto depois, estou me sentindo a Beck Bloom ,  pagando os pecados num arrependimento que parece não ter fim. E isso é só uma lembrança perto do resto. Nesse resto cabem os fins de semana dedicados a uma instituição beneficente, os passeios com a Morena, a prática de cooper, a confecção do painel de fotografias da familia e por aí vai.
A gente sabe-se muito pouco. Dizem que pra saber de fato quem uma pessoa é, você tem de apertá-la. O mesmo vale pra o contrário: afrouxe, dê corda, ou um cartão de crédito novinho e vai ver direitim onde é que ela vai dar - especialmente se for uma mulher sem a mínima noção do perigo. Subir, descer, isso não é problema. O pulo do gato é manter-se no meio. Aliás, os pulos, porque isso é coisa que nos acontece a toda hora. E verdade seja dita, o tal do equilíbrio não é coisa pra todo mundo.
Estou rezando todos os dias - minha Nossa Senhora que me escute aqui de novo, porque dizem que todo desabafo solitário é também uma oração - pra que eu consiga chegar a esse ponto aí, de saber direitinho o que é mais importante, mirar nele e zás! Chegar lá. Pra isso é preciso se equilibrar entre pode e não pode, sim e não (e isso não inclui um talvez).
Atingir as próprias metas é coisa pra quem é bom gerente de si mesmo. É  matemático, como tudo que Deus criou (reparem bem que em tudo nessa vida tem um número). E euzinha sempre fui ruim de matemática.  A física não era minha amiga, com todos aqueles cálculos, aquela lógica... Me apavorava a figura do Professor Tião chegando com a pilha de provas bimestrais. Tanto, que uma de minhas melhores lembranças do colegial foi o dia em que ele me entregou a prova final dizendo: "até que enfim alguém resolveu entender matemática". Ufá! Será que consigo isso também aqui, na vida real de adulta, com tres filhos, ex-marido, namorido, cachorro, trabalho, trânsito e um montão de contas a pagar?
O Guima tinha mesmo toda a razão quando disse que "viver é perigoso". Alguém aí se sente assim de vez em quando?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Boa noite...

Preciso de coisas belas

Tom já cantava: "é melhor ser alegre do que triste/a alegria é a melhor coisa que existe". E ele tinha toda a razão. Meu coração tropical está partido de neve, doidinho pelo calor da alegria. Tenho ficado meio melancólica esses dias. O tal do inferno astral não perdoa. Hoje são 24 e eu já estou de asinha caída...
Comi uma barrinha de chocolate. Não resolveu... Prazeres momentâneos são momentâneos. Ces't la vie! Mas não há de ser nada. Amanhã tô boa. Falta de dinheiro, dor de cabeça e cara feia me deixam desalegre, mas não a ponto de perder o passo.
Enquanto Alegria não chega, vai aqui uma lembrança boa. Minha avó Lídia dizia: "nada como lembrança boa pra acalmar os pensamentos...". E tacava água de alfazema - ai que saudade! - que ela dizia ter cheiro de coisa boa e que limpava a alma da gente. Pois é, vó. A senhora aí de cima deve tá achando que sua neta aqui pirou na batatinha. Mas essa foto aí, tirada na década de 1970, me traz uma coisa boa que só vendo... Agachado ao meu lado (sim, essazinha aí com cara de desconfiança, sou eu) está o meu pai, depois de uma boa pescaria no Rio das Velhas (a anzol, vara e molinete, que fique claro, pois rede é coisa pra frouxo e inimigo do rio). Ao nosso lado, envergado sob o peso de um surubim pintado de 51kg, está o amigo de beira de rio, Dom Gê. Bons tempos, né meu pai?
Então. Só de ver, já me sinto melhor. Xô, bruxa do baixo astral!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Oi!

Pois é. Fiquei esse tempo todo longe daqui desse espaço, mas tem uma justificativa. É que em tudo nessa vida é preciso aplicar um tantinho assim de distanciamento de quando em vez. Isso é o que minha professora de filosofia, Vanda, dizia ainda quando eu tomava aulas no Colégio das Irmãs Clarissas Franciscanas, lá em Corinto, interiorzão de Minas.
E ela tinha mesmo razão. A maravilhosa escritora Adélia Prado, que volta a nos brindar com um livro - Campo de Névoa  (Ed. Record) -  depois de dez anos sem publicações, disse em certa entrevista concedida a não me lembro quem, que ela tinha o hábito de testar a qualidade de seus escritos assim: escrevia e os esquecia na gaveta por uns tempos; depois voltava lá e lia. Se ainda fossem tão bons quanto no dia em que escreveu, é porque se podia publicar ou  mostrar a alguém. Pois então eu fiquei adepta desse método por um bom tempo, até conhecer esse tal de blogger. Aqui a gente vai pondo a tinta no papel, ou melhor, as palavras na tela, e antes mesmo de dar o ponto final as coisas já estão no mundo. Por isso, depois de passar semanas e semanas sem falhar um diazinho sequer, me deu aquele estalo da Adélia. Fiquei de longe, só olhando, passeando pelo mundo virtual alheio e passando os olhos no meu cantinho, enquanto também punha ordem na casa e nos meus pensamentos.
Hoje vou convidar todo mundo pra um chá, retomar as prosas e escrevinhanças. Como se diz na minha terra: inté!
*Biografia e foto tiradas do site Releituras.com

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Meu número

Cinco é meu número preferido. Não sei por que. Mas gosto dele. Gosto de suas formas e de como ele parece aconchegante com essa barriguinha e simpático como se sorrisse o tempo inteiro.
Elegi ainda pequena o tal número como meu. Sempre foi o nº da minha sorte. O de escolha nas rodas de brincadeira. O de enumerar amigos. O de mostrar defeitos. O de rosas para os vasos. O de gostos. E de desgotos.
Também é o nº de coisas que considero fundamentais para um dia ser feliz:

1 - Acordar em paz
2 - Dar e ganhar beijo de filho
3 - Ganhar uma lambida da Morena
4 - Comer bem
5 - Dormir bem

É o nº de coisas necessárias para um mês ser completo:

1 - Praticar cinco boas ações sem compromisso com a identidade dos benficiados
2 - Dar pelo menos cinco "bom dias" com entusiasmo
3 - Dar e ganhar pelo menos cinco abraços sinceros
4 - Enfeitar a casa com flores pelo menos cinco dias do mês
5 - Passar pelo menos cinco e-mails gentis

É o nº de coisas para um ano ser perfeito:

1 - Colocar em dia pelo menos cinco contas atrasadas
2 - Colocar em dia o bate-papo com pelo menos cinco pessoas queridas
3 - Rezar pelo menos cinco ave-marias por quem se diz seu inimigo
5 - Dar cinco beijos novelescos no amor da sua vida ou alguém que mexa de verdade com você

Esse número não é mesmo perfeito?
E você? Quais foram as cinco coisinhas legais que te aconteceram hoje, hein?
Abracejos!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ti-ti-ti

Vi esta novela nos anos 80. Foi um marco da minha adolescência. Com ela despertou-se meu gosto por moda, decoração e tudo o mais. Vibrava a cada aparição de um modelito, uma nova grande invenção do Victor Valentim (meu preferido) e com as trapalhadas e frescurinhas do Jacque Leclair.
Ambos os personagens (aí na foto) estão impagáveis na atuação de Murilo Benício e Alexandre Borges. O diretor Jorge Fernando acertou em cheio ao preservar a trilha dos anos 80 (aliás, ainda não sei quem canta True Colors, antes interpretada pela cibernética Cindy Laupper). Acertou no elenco, inclusive ao convocar atrizes e atores da outra versão, como é o caso da musa Malu Mader e do Luiz Gustavo, que antes viveu o próprio Victor Valentim, e agora está na pele do atrapalhado Mário Fofoca. Aliás, a pegada desse personagem foi genial, pois nos tempos de hoje uma investigação seria muito mais fácil e ardilosa com câmeras digitais de última geração e escutas minúsculos. Mas Mário Fofoca é avesso às novas tecnologias! Genial o escritório com a velha máquina de escrever e o X de esparadrapo no computador!
Confesso: voltei a ser noveleira por conta de Ti-ti-ti. Chego em casa correndo e quando não dá pra ver, vejo o capítulo no site Telebrasil  em HD. Bom, né?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Boa noite...

As meninas do pirulito

Estou com saudade do tempo em que tudo era mais simples. A gente saía de casa pra trabalhar e não precisava se preocupar em trancar a porta. Estou cansada das pencas de chave que carrego todos os dias. O tilintar delas na minha bolsa me lembra o tempo todo como estamos inseguros.
Quando saio pela manhã, rezo e penso no quanto me faziam rir as meninas aí da foto. Uma delas é minha filha, então com 14 aninhos. Isso no rosto não é tinta. É um creme da mãe de uma delas, afanado displicentemente para compor a máscara de beleza, que acabou virando brincadeira de molecas num sábado tranquilo de interior. Se intitulavam "As meninas do pirulito". Trio inseparável que me povoava a casa e sempre tinha alguma aprontação. Se tinham de dormir uma na casa da outra, era só ligar pra mãe ou pai de uma delas e pronto, estava tudo resolvido. Ninguém se preocupando com pedofilia ou anomalias desse mundo cada dia mais cruel, apesar de bonito.
As minhas meninas cresceram e me fazem muita falta. Como faz falta a simplicidade de chegar em casa sem precisar abrir dois portões e duas portas antes de chegar e ganhar um abraço dos filhotes e uma lambida da Morena. Alguém aí concorda comigo? Abracejos!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Boa noite...

Gentes, eu sempre digo aos meus filhos que as coisas boas devem ser copiadas e partilhadas. Já as ruins, a gente deve fingir que não viu. No mundo virtu a gente vê tanta coisa linda, né. E é só delas que quero sempre falar aqui, embora às vezes seja inevitável um baque, uma chacoalhada pra ver se o mundo pega no tranco...rsrs... Bem, o blog lindinho da Andrea Guim é desses que sempre nos passam coisas boas, imagens de refrescar a alma de qualquer cristão cansado da lida. E ela tem uma tirada fantástica, que é dar um "Bom Dia" a todos os leitores com uma imagem bonita, que como dizia o Odorico Paraguaçu nos bons tempos do Paulo Grancindo, "nos deixam com a alma lavada e enxaguada". Inspirada na ideia da Guim, o Blog da Lili, a partir de hoje convida a todos para seu "Chá de Boa Noite". Afinal, tão bom quanto acordar com um belo café ou flores lindas, é também ir dormir depois de um chazinho gostoso, preparada com carinho e bom gosto por quem a gente gosta. É isso. Comecem o dia com a Andrea e durmam com o nosso chá!
Boa Noite...
Abracejos!

Portinari para todos

Essa imagem aí chama-se Café e é uma reprodução do inconfundível Cândido Portinari. Cheguei até ela hoje por conta de um textinho que fiz aqui no trabalho, a respeito dessa bebida que faz parte da cultura brasileira e de sua história. O poemina intitulado Perfume de Café, depois eu mostro. O melhor é que por essas coincidências da vida, folheando o jornal Folha de São Paulo, hoje encontrei uma matéria assinada por Silas Marti, de Pinhais (PR), sobre uma fábrica de reproduções chamada Recriar. A danadinha é das poucas que conseguiram no mundo a autorização da família do incrível pintor brasileiro, para reproduzir as obras em telas, panos e outros artigos. Corri ao site da dita cuja e conferi. "Café" e outras lindas imagens estão lá. Dizem que até o tal misterioso e belo "azul Portinari", tão esfuziante na Igrejinha da Pampulha aqui em BH, eles conseguem reproduzir nas cópias, com fidelidade elogiável. Fiquei azulzinha de vontade de comprar uma... Por enquanto vi com os olhos e lambi com a testa colada na tela, como diria minha tia Geralda. De modos que exibo a gravura, pra deixar todo mundo informado sobre a possibilidade de decorar - yes, we can! - as nossas singelas paredes com essas maravilhas da arte brasileira e outras internacionais.
Como não acredito em acasos e, sim, em coincidências programadas, recordei que no fim de domingo, assistindo o Faustão, as telas de Portinari estavam lá, enormes, como fundo de tela do ex-gordinho global, embelezando um programa de povão. Agora, pelo que se sabe, há possibilidade de Portinari ir parar, com assinatura e selo de autenticidade, sob pratos na forma de sousplat, ou até em pinduricalhos de chaveiros. A aldeia global está cada dia mais democrática. E a decor agradece. Quem disse que gente comum e remediada não pode ter bom gosto? Ao invés de Louis Vuitton, Portinari!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Lápis vermelho!!!!

Gentem! (adoro a Cissa, não é de agora)
O Lápis Vermelho está atacando desde ontem nos shoppings da rede Multiplan, ta! Em BH entram na mira: BH Shopping, Pátio Savassi e Diamond Mall. Pra quem mora mais longe de mim, entra no link pra saber onde mais o vermelhinho mais querido da mulherada vai atacar, ta bom? Pro fim de semana, esse post não poderia ser melhor, né não? Abracejos!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A pior das tempestades*

Algumas vezes caminhamos, curvados e trôpegos, enfrentando tempestades que a vida nos traz. E a primeira pergunta quase sempre é: de quem é a culpa?
A busca por um culpado pode nos tomar muito tempo. Ao invés de se buscar uma solução, buscamos o erro. Nesse caso, o erro do outro.
A sensação de fracasso diante de uma falta, de uma falha, de uma pedra em que se tropeçou, não é boa, reconheçamos. Não mintamos dizendo que esse peso não nos dói nas costas, que o vento não nos incomoda ou nos arrasta. Sim, isso é fato. E devemos encará-lo. Mas é possível que nem sempre sejamos firmes o bastante para agirmos de forma correta.
Ao recebermos o impacto da tormenta, não devemos nos deixar enfraquecer, pois as tormentas fazem parte do nosso dia-a-dia. Do processo da evolução do espírito e da mente humanas. Em alguns momentos será preciso envergar (aquela velha história do bambu...) para não quebrar. Isso não é um retrocesso. É um ato de sabedoria, ou na pior das hipóteses, uma estratégia de sobrevivência, muito mais benéfica que a revolta, o ressentimento ou o sentimento de fracasso e tristeza.
Após a passagem da tempestade, o sol volta a brilhar, a paz volta a reinar e percebemos que os estragos não foram tão grandes assim. E a gente está lá. Com as raízes no lugar. E mais fortes.
Então, ao sermos envolvidos pelas tempestades da vida, não nos deixemos arrancar de nossa fé, de nossa conduta moral correta, do caminho certo que começa a ser, lentamente, percorrido. Não se deve, por antecipação, deixar sentimentos inferiores tomarem conta do coração, porque eles são como ervas daninhas.
Devemos aguardar que a tempestade desabe, mesmo que ela o faça com toda a sua fúria.
Calma e confiantemente, aguardemos a bonança. Ela virá, com certeza.
A vida também é feita de pequenos ou grandes percalços, depende do prisma pelo qual olhamos.
A pior tempestade que pode desabar sobre nossas vidas é a da falta de fé, porque ela gera outras pequenas tormentas que se tornam grandes: o desânimo e a da falta de confiança em nós mesmos ou nos que amamos. Se estivermos firmes em nossa fé - e agirmos de boa fé - todas as outras tempestades nos parecerão pequenas ou, pelo menos, superáveis. E mais: serão momentos de construção e não de destruição.
Confiança, coragem e fé: sinônimos de grandeza de alma.
*Este texto foi adaptado de um outro, de mesmo título, enviado pelo Padre Marcelo Rossi, através de seu site www.padremarcelorossi.com.br

terça-feira, 27 de julho de 2010

Gentileza: apoie esta causa

Apagaram tudo

Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza
Por isso eu pergunto
A vocês no mundo
Se é mais inteligente
O livrou ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
                                                                                     Amor palavra que liberta
                                                                                     Já dizia o profeta.
*Gentileza, música que integra o CD Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, de Marisa Monte

O poema acima traz uma homenagem ao Profeta Gentileza, codinome de José Datrino, empresário do setor de transporte de cargas no Rio de Janeiro, que largou tudo - família, trabalho e bens - para se dedicar à missão de espalhar o amor e a gentileza. Vale dar um pulo no site Rio Com Gentileza e conhecer um pouco mais sobre ele - a história merece virar um longa - e, principalmente, absorver pelo menos um pouco do que sua mensagem nos traz. Apoie esta causa.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sorteio no Design My Life!

Olha só esse lustre lindinho! Quer ganhar? Faça como euzinha: clica aí e entra no Design My Life, ta.
Abracejos por hoje...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Voltando aos tempos vovó?

Sou de um tempo em que carimbos eram usados pra quase tudo. Desde o jardim da infância, quando eu usava um macaquinho verde-bandeira, as irmãs de caridade do Instituto Dom Serafim usavam carimbinhos pra gente fazer as atividades de casa. Bichinhos, números, símbolos, gente, máquinas, tudo era mostrado em forma de figurinhas carimbadas no papel. Ícone da minha época, o carimbo virou símbolo de burocracia, quando o governo e todas as suas intituições usavam o dispositivo pra identificar papéis, comandos, registros, certidões, o certo e o errado. Aliás, os cartórios continuam sendo até os dias de hoje o símbolo máximo dessa era de ouro da burocracia.
Mas, como na moda, tudo que vai, volta. E olha ele aí, repaginado pelo tecnomodernismo, na onda cybernética. O carimbo ganhou tela lcd - liquid crystal display - e um toque digital, quem diria!  A novidade, confira aqui, foi lançada no site Yanko Design e apresentado na reportagem da Época Online recentemente.
Não é mentira não. Daqui a pouquinho (a novidade ainda está em fase de testes) a gente vai poder tirar uma foto do filhote e plim! Carimbar todos os utensílios dele, incluindo os da escolinha, que a propósito, continua usando carimbinhos fofos pra ensinar um monte de coisas. Professores vão amar tirar fotos dos pimpolhos e logo imprimir nos caderninhos e pastinhas de dever de casa.
O que será feito, certamente pelos mais "espertinhos"? São muitas as opções. O uso da tal câmera para retratar momentos nada simpáticos das celebridades  em panfletinhos e camisetas é o mais certo - e a custo zero. Já pensou um carimbo do Cristiano Ronaldo fazendo "aquele gesto" para os repórteres? E a ex-ministra-candidata de dedo em riste? E o presidente Lula com um copinho de... água? Já pensou um carimbo da mulher-melancia, gente? Aiaiaiai... Nem quero pensar no que esse avanço pode causar. Prático? Sem dúvida. Bonitinho? Claro! Lembra os tempos da vovó. Ih... já inventaram um dispositivo tecnológico-retrô pra gente brincar. Ou temer. De agora pra frente, a cada mergulho, uma carimbada! Foto: Época Online

segunda-feira, 19 de julho de 2010

QUE VEJO FLORES EM VOCÊ

"De todo o meu passado



Boas e más recordações


Quero viver meu presente


E lembrar tudo depois...

Nessa vida passageira


Eu sou eu, você é você


Isso é o que mais me agrada


Isso é o que me faz dizer...

Que vejo flores em você!..."


Versos do IRA. Saudades de 1985... Deu vontade de encher a casa de flores só de olhar essa foto? Então vai no site da Casa &Jardim e veja mais dicas de como usar essas maravilhas de Deus no seu larzinho... Eu por enquanto tenho uns vasinhos de azaleia na janela, uns cactos na sala e umas margaridas no banheiro (a-do-ro!!!). Flor não é o trem melhor de bom nessa vida, gente? Ai que saudade de enfiar os pés na terra, cavucar e plantar canteiros de maria-sem-vergonha, beijinhos e roseiras! Mas dá pra fazer-de-conta e dá pra fazer de verdade também. Basta gostar, ter boa vontade, terra vegetal, um potinho, uma caixinha de qualquer coisa que iria pro lixo, ou uma lata de Nescau, até na velha botina da pra fazer um vasinho de dar gosto. Desliga a tv, fuça aí os links e põe seu dedo verde pra funcionar, viu, que esse mundo ta precisando de cor, de amor, de alegria e da beleza das flores... Bjusssssss!







quinta-feira, 15 de julho de 2010

Renovando a alma

Eu nem ia mesmo postar nada hoje... Mas depois de uma boa conversa com a melhor amiga, que mesmo de longe, longe, loooooonge, acha um tempo pra prestar solidariedade e, principalmente, para me ouvir, a alma fica renovada e aí - ZÁS - sai um post.
Renovar a alma é mais ou menos o que a blogueira do Sweet Grace, também lá de muito longe fez com essa cadeira aí da foto, antes velha e feia e agora servindo de assento para esse anjinho de olhos azuis. IDEIA DA ANDREA GUIM colocar esse cadeira como dica no blog dela, que visito todos os dias religiosamente. Pois é, Andréa, seu blog me inspirou e a cadeira vermelha é uma personificação da minha alma, que está ganhando tinta nova e vida nova depois de uma mão de tinta de encorajamento, solidariedade, alegria, aconselhamento e amizade verdadeira. Guta é o nome da artista, menina arteira, costuradeira, casamenteira, comadre das mais presentes, dessas que só se ganha de encomenda. Guta me deu de presente a sua palavra amiga - benditos sejam o inventor do telefone celular e todas as tecnologias do mundo virtual!
Fico pensando em quem vive sozinho nesse mundo de Deus, sem um único amigo  verdadeiro com quem contar. Fico pensando nas tristezas não dispersadas, nas mágoas que não sararam, nos abraços que não foram dados, nas saudades não matadas, que esse tipo de gente deve acumular na sua pobre alma perambulante. Quanta cisma e amargor deve haver dentro desse coração, né? Feliz de mim que tenho água benta, terço, fé em Deus e Nossa Senhora e seu filho Jesus, que de gorjeta me mandam um ombro amigo onde encostar a cabeça de quando em vez! Como sou abençoada, mesmo com dor nas costas rsrsrs... (isso já está passando).
E agora, que estou de alma nova, tal e qual a cadeira da foto, recomendo que os interessados como eu no FAÇA VOCÊ MESMO, cliquem aqui pra acessar o PAP de quem inventou essa lindeza aí. Pois é nela que me inspirei pra também dar um trato nas cadeiras velhas lá de casa. É assim: as mudanças são boas quando começam de dentro da gente. BJs!
Foto: http://sweetgrace.typepad.com

quarta-feira, 14 de julho de 2010

I just called to say "I love it"

A dor nas costas e o recente mau humor por N questões não me deixam postar aqui há quatro dias. Estou me sentindo o mosquito do cocô do cavalo do bandido, se é que me entendem. Em frangalhos, meus nervos estão precisando de férias ou de um bom banho de sal grosso com ervas, bem ao estilo da Vovó Lídia. Sei que isso vai passar. Por isso, só passei aqui pra dizer alô e que não vou sumir de mim nem de vocês, poucos mas cativos leitores desse blog de carmiolices (como diria a minha querida Emília, boneca de pano que teria muito o que me ensinar, se eu a visitasse mais vezes). Alías, onde anda minha coleção do Monteiro Lobato, capa dura, ilustração de 1970, que ganhei aos 2 anos de idade do meu velho e amado pai, hein?Vou tratar de resgatá-la urgentissimamente (lá vem outro personagem... dessa vez é o Odorico Parguaçu) do baú, lá em Curvelo, nas Gerais. Enquanto isso, vocês, mães e pais, tios, tias, avós e avôs, padrinhos e madrinhas, dêem um pouco desse remedinho aos seus pequenos enquanto eles ainda podem ouvi-los: leiam essas histórias pra eles. Leiam e mostrem as figuras ou apenas leiam e os deixem imaginar como seria (na imaginação é tudo mais colorido e bonito, já disse). Deixem que eles larguem por uns minutos a tela dos pcs,  notebooks e ipods, para se deitaram sobre um livro de bom e antigo papel. Verão como olhos arregalados ou questionamentos infindáveis os transformarão em cientistas e escrivinhadores dos mais capazes. E o melhor: vão sentir saudade de estar perto de vocês quando vocês não mais estiverem próximos. E é essa saudade que preencherá de amor e de verdade a vida deles, da família deles. Tenho saudade dos livros de capa dura, dos cadernos encapados com gravuras de bichinhos recortados da folhinha, que minha mãe tão caprichosamente confeccionava quando entrei na escola. Tenho saudade do livro de receitas coberto com chita e do cheiro de bolo perfumando a casa da minha tia Maria. Tenho saudade das mãos fortes do meu pai, me levando pela rua em direção ao mercadinho onde ele mandava embrulhar uma maça em papel de seda roxo. Saudade da boneca de pano que chamei de Emília e que acabou toda riscada e cortada pela minha irmã mais nova depois de mais uma briga.
Tenho saudade, mas não é uma saudade ruim. É uma saudade boa de se sentir, porque essas pequenas coisas preenchem minha história com aconchego, sabedoria e alegrias das quais me valho quando a tristeza ou dor chegam. Um bj a todos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A quatro mãos

Ops! Dois post hoje! Mas quando a cabeça está a mil, tom Blog da Lili!
Dizem que duas cabeças pensam melhor que uma. Digo que isso vale para a decoração, especialmente para o caso de quem sonha em ter uma bela estampa adornando sua sala ou quarto. O papel de parede voltou com tudo, dizem os entendidos do decor, e eu a-do-rei a notícia! Desde criança, lá no interiorzinho de Minas, via filmes na Sessão da Tarde ( pausa para remember: tudo a quatro mãos ou pés é melhor, né? Ai que saudade de  ver Ginger Rogers e Fred Astaire rodopiando, ou o inimitável Jerry Lewis com Jean Martin, ai que saudade de quando a tv aberta era educativa em horário integral e não apenas nas quase madrugadas de sábado e domingo!). Bom, continuando... Desde criança eu via as paredes da tv cobertas com estampas lindas - e ainda que fosse em preto e branco (eu sou de 1968, gente!), eu imaginava as cores, as flores, os frufrus, com a vantagem de que na imaginação da gente tudo é muito mais colorido, mais bonito e vivo. Então eu sonhava em um dia ter na minha casa essas paredes. Mas no interior o máximo da decoração daquela época era um crochê da vovó ( que é lindíssimo e ta na moda hoje) ou os quadros pintados pela minha tia Maria Santana, que Deus a tenha. Papel de parede? Ninguém se arriscava. Só na capital, minha filha, e caro!, dizia minha tia entendida das artes.
Pois é. Hoje é tudo tão fácil, acessível, a um click da gente, né. Tem ainda quem ponha dificuldades, mas não é que achei na net um vídeo ensinando a por o bendito do papel de parede? Só que aí me lembrei das famosas duplas da minha infância (vai lá na parte do remember). Pois é que pra aplicar é preciso talento, disposição e uma mãozinha de um amigo, namorido, chegado e coisa e tal.  O vídeo tá aí embaixo. E devo isso, mais uma vez ao DeCoeuração (Obrigada, obrigada, obrigada!).
Vou tratar de fazer la em casa. Já tô doidinha pra por minhas quatro mãos à obra - as minhas e as da Carol, minha amada filha primogênita que vive se queixando de que eu não falo dela aqui. Aí, filha: falei. Beijo-tchau!
Foto: http://heavypettingzoo.files.wordpress.com


How to Wallpaper from ferm LIVING shop on Vimeo.

COMO APLICAR PAPEL DE PAREDE A QUATRO MÃOS

Ela, ela, ela, vuvuzela!


Sergeant Fu - Vuvuzela from Dale Ballantine on Vimeo.
A Copa está no fim. Mas antes que isso acontecesse e eu assistisse a Holanda (vou torcer pelos que derrotaram o Brasil porque eles são realmente incríveis) ser campeã pela primeira vez, essa musiquinha grudou nos meus ouvidos. Não deu pra resistir. A letra é uma sátira ao mais irritante instrumento de manifestação dos torcedores nesta Copa do Mundo de Futebol. E a melodia é fofa, principalmente por causa da vozinha suave e ingênua do intéprete do Sargeant Fu!, banda que está bombando na internet e em rádios de todo mundo com a música sobre a Vuvuzela.
O clip é inteligente e engraçado, com uma fotografia doce e interessante. Em certos pontos, lembra a brincadeira dos Mamonas Assassinas (quem não se lembra deles com o Sabão Cra-Cra e Brasília Amarela?). Muito bom mesmo. Confira o video! Se não vizualizar a imagem, clique aqui

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dicas de DeCoeuração para grana curta

Essa dicas não são minhas. A minha dica é o blog DeCoeuração, que vivo citando aqui. Pensei nele hoje no trabalho, quando um colega, o Bruno, visitou o Blog da Lili pela primeira vez. Quem é que não quer um cantinho da casa mais charmoso, um lugar aconchegante pra ler um livro, uma mesa bonita para um jantar especial, uma dica de presente, ou mesmo um toque para uma dúvida qualquer dessa vida-louca-vida? Pois é. Então vai aqui a dica para as dicas (rsrsrs).
Vai dizer que esse primor de poltrona de chita não te conquistou? Sabe quanto custa o metro desse tecido hiper-super-mega-ultra brasileiro? R$5. Quer fazer uma transformation na sua casinha e ta faltando grana? A cabeça ta cheia de ideias, mas você não sabe como por em prática? Aqui você mata a cobra e mostra o pau.  Beijo-tchau!

Foto: Casa&Jardim

terça-feira, 6 de julho de 2010

As cores e dores de Frida

Pois então. Hoje é aniversário da Frida Kahlo. O nosso amigo Google está homenageando e eu tomei emprestada a homenagem. Boa lembrança. Frida foi mais que uma mulher excêntrica, com suas "monocelhas" e estética questionável. Não era uma simples pintora fazendo marketing de sua feiura (?) também. Não começou a pintar cedo como a maioria dos grandes ícones da pintura, mas como alguns eles traduziu nas telas e no modo de se vestir as agruras que viveu e sua ironia e sarcasmo diante da vida.
Mais que uma pintora de grande sucesso, Frida Kahlo difundiu - embora despropositadamente ao que parece - o uso das cores como catarse para a obscuridade do seu universo particular, rico em acidentes como o que sofreu ainda moça e onde teve a coluna partida e a vagina perfurada (tema do quadro Coluna Partida, abaixo). Vale dar uma espiada na sua página oficial e viajar um pouco nas cores de suas obras e de seus vestidos e enfeites de cabelo. Eles falam sobre sofrimento, dor e ao mesmo tempo sobre a possível beleza da vida - tudo que estava por detrás dos pensamentos de uma  mulher de personalidade forte,  persistente o bastante para sobreviver a pequenas tragédias cotidianas e grandes tragédias em poucos 47 anos. Contestou sua condição de "aleijada" ou "deficiente", pensou suas próprias roupas e adereços, ousou não ter filhos quando era normal que todas tivessem, envolveu-se com outras mulheres, embora parecesse amar desmedidamente o homem com quem se casou por duas vezes, pintou sua realidade disfarçada de surrealismo (como ela própria uma vez teria dito). Viveu com todas as suas forças, mas paradoxalmente deixou escrito no dia da morte: "espero que minha partida seja feliz e que eu nunca mais retorne".   Repetindo a própria Natureza, ela seguiu seu curso e achou um caminho, embora tortuoso. Agarrou-se às cores da vida enquanto pode. E talvez as tenha deixado de lado quando sentiu que não havia mais cores a pintar. Independetemente de sua vida pessoal, a obra de Frida continua atual e isso lhe tem valido homenagens, como a do grupo Coldplay, no excelente Viva La Vida, música título do penúltimo album da banda.
E pra fechar esse post, trechos da música da brasileiríssima e genial Adriana Calcanhoto, Esquadros, que marcou o meu período de estudante na PUG-MG,e em Beagá, e foi tema de trabalho de fim de curso:

Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o



nome.


Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores.


(...)


Pela janela do quarto, pela janela do carro,


Pela tela, pela janela,


Quem é ela, quem é ela?


Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle.





A
Ilustrações retiradas da internet (Google Imagens).

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ela também ama galinhas

Gente, só passei pra dizer que também sou apaixonada por galinhas.
A Priscilla, do Minha Casa, Minha Vida tb é. Fazemos parte de um clube de mulheres que gostam das penosas povoando nossas cozinhas e áreas de serviço ou lazer, além de sítios e quintais.
Essa aí da foto é da Priscilla. Charmosa, né não?
Tenho muitas na meu "pequeno galinheiro urbano" e ao vê-las me sinto mais perto de minhas raízes. Fui criada de pé no chão, pisando na terra e estendendo roupa no varal. Já corri muito atrás dessas pintadas e das amarelas, pretas, marrons e vermelhas. E já panhei muito ovinho no ninho. Ai que delícia...
Meus filhos infelizmente não tiveram esse prazer. Não sabem, nem de longe, o que é a sensação de segurar um ovo recém saído de dentro de uma cocó, olhar e voltar com ele ao ninho, pra depois ver um pintinho amarelinho saindo de dentro.
Minha filha Maria Antônia viu uns pintinhos nascendo outro dia. Dentro de uma chocadeira elétrica, lá no nosso sítio, onde o namorido achou de criar galinha caipira como "empreendimento". Ela ficou hooooooras observando aquela arte da vida misturada com tecnologia. Deus fez a galinha botar o ovo e o homem entrou com a chocadeira. Fazer o quê, se essa raça humana tem pressa de tudo? Até de criar galinhas! 
Por isso, olhando minhas penosas - Tereza, Maricota, Marieta, Julieta, Conceição, Lili, Terência, Joaquinha, entres as mais de vinte que tenho na cozinha - me sinto um pouco mais paciente e perto da vida sem pressa. Cada uma garimpada num canto das Minas Gerais por onde passei ou noutras terras. Até de Goiânia veio uma! Aí, só fritando um ovo molinho e comendo com arroz, feijão, molho de mamão verde e pimenta. Ai, ai...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

De abóbora a Cinderelo: breve história de um sofá

Pois é. Prometido é cumprido. Aí está ele, meu sofazinho dois lugares, velhinho (antes) e de capa nova (depois), em brim peletizado cru, feito pela Capotaria Portugal. Gostei demais. Valeu cada um dos 300 reais que estou pagando em três iguais. Bom, né?
Fiquei contente demais por encontrar gente que pensa que nem eu e não tem medo de juntar cacarecos e guardar retalhos, reciclar, reusar, reformar, transformar e gastar menos. Claro que eu ia gostar muito mesmo de um sofazão daqueles de novela (já viram que gostosura o sofá da Beth Gouveia de Passione?). Mas ele deve custar os olhos da cara da Fernanda Montenegro, imagino. Como aliás, muitos parecidos que vi na bendita internet. Então, vamos de reforma mesmo. Ta de bom tamanho e a natureza agradece. Sem falar na conta bancária..ri ri ri...
Daqui um tempinho mostro o resultado do sofá 3 lugares pelo qual me apaixonei depois de resgatá-lo na porta do condomínio (não, esse eu não vou reformar, só costumizar, caseiramente, até que a compra de um novo nos separe). Segundo a Viviane, do fantástico DeCoeuração, ele não se parece em nada com o meu querido e sonhado chesterfield, portanto, vai ser melhor partir pra outra relação. Aos poucos e em suavíssimas prestações. Vou lhes apresentar no momento certo, bem como à mesinha de vime que me acompanha há pelo menos 18 anos e um criadinho-mudo que meu namorido pintou com a tinha errada e eu vou ter de consertar. Por enquanto olhem o resultado do meu querido 2 lugares, onde me recosto pra ver meus filmes favoritos, novelinhas, jornais e ler as revistas que amo.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Perfeição

Sei, de própria lida, que não é nada fácil manter-se de pé quando as coisas não vão bem. Sei também que manter o bom humor quando o caos se apresenta, é mais difícil ainda. Mas nenhuma das coisas é impossível. Eu tentei. E consegui.
Passei já, por muitos reveses, que a bem da verdade me fizeram bem. Laaaaaaaaaá na frente, mas fizeram. Eu custei a compreender, mas, verdade verdadeira, eles me prepararam para algo que viria e que naquela época fatídica eu não tinha
maturidade para compreender. Xinguei, esbravejei, bati o pé, me descabelei, quase blasfemei. Mas no fim as coisas deram certo - como tinham que dar, mesmo que o resultado não fosse naquela hora exatamente o que eu pedia.
Minha avó sempre dizia que era pra eu tomar cuidado com que pedia a Deus, porque Ele poderia me escutar. Sabe quando o pai atende ao desejo do filho insistente, só pra lhe dar uma liçãozinha? Claro que Deus não vai brincar com a felicidade de ninguém. Ele não é doido. É Deus. Mas, cá pra nós, às vezes você não tem a sensação de que o Criador está brincando com você, como diriam os gregos, "experimentando" uma mexidinha diferente na sua vida, pra ver se você realmente aguenta o tranco?
Pois eu desconfiava disso, mas relutava em crer. Só que minha vida é a prova inconteste de que isso é verdade. Os pais - os que amam de verdade seus filhos -  brincam, brigam, poem de castigo, dão presentes, realizam desejos, mostram o caminho, repreendem, toleram, se impacientam, são misericordiosos, são condescendentes, são justos ( ou  não). Se somos à imagem e semelhança DELE, por que Deus não agiria assim conosco, só que com Perfeição Divina (tirando a parte do ou não)? É que esse detalhe é que faz a diferença entre ELE e nós. Deus é perfeito. E tem sido comigo. Embora eu de vez em quando chore, xingue, me descabele, etc e tal. Filhos são assim, eu sei de carteirinha, ô se sei!
E pra quê eu pus essas imagens aí (O Móvel)? Ah! É porque há muito tempo uma tia pegou um sofazinho desses - praticamente igual - deixado pelo meu avô paterno, e levou pra casa. Na época muita gente achou que ela deveria jogar fora, comprar um novinho, moderno. Ela se recusou e hoje ele fica lindinho, feito esses aí, na sua área de lazer, perto da churrasqueira, lá em Sete Lagoas (MG). Perfeito, né? Aliás, como as linhas que Deus escreve: à primeira vista parecem tortas, velhas, fora de moda e até descartáveis,  mas não são...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Enquanto isso, minha lista de botas.

Vou dar um tempinho nas coisinhas de casa. Não que eu tenha parado de mexer com elas. Mas enquanto meu sofazinho não fica pronto e minha salinha não fica de modo que eu possa apresentar aqui o "antes e depois" das ideias viajantes de decoração, vou falar de um assunto que me pegou hoje, logo de manhã: minha lista de botas.
Ta. Você não assistiu ao filme "Antes de Partir", com a fabulosa dupla Nicholson & Freeman. Então passe na locadora mais próxima e trate de alugar. Isso se você gosta de filmes que falem da vida e da morte, de uma modo hilariante e ao mesmo tempo comovente. Sem falar que as interpretações dos atores são pra guardar vida toda - assim como a lista que inevitavelmente você fará logo que desligar a tv.
Eu fiz a minha e a encontrei dobradinha na minha carteira hoje, de manhã, enquanto procurava um comprovante de rendimentos. São 10 ítens que escrevi no dia em que vi o filme pela primeira das cinco vezes. Vou vê-lo pela 6ª vez no domingo, no conforto do meu sofá antigo e precisado de reforma, sob um edredom também não muito novo, mas aconchegante o suficiente pra me fazer tão feliz quanto uma criança quando ganha um brinquedo.
Eu tenho me privado de algumas coisas nessa vida. Mas também tenho sido presenteada por Deus e Nossa Senhora - e dela, minha santinha, eu não abro mão - em vários momentos, seja de aflição ou de alegria. Pequenas alegrias, vitórias e milagrezinhos diários, que poderiam passar despercebidos, mas que eu aprendi a valorizar - e nisso o filme me ajudou muito. Não. O filme não tem NADA a ver com religião ou devoção. Mas cada um tira dele as lições que lhe servem. E é nisso que está a sua melhor sacada. Vejam. E façam sua lista de botas o quanto antes.
PS: li a minha lista e dei muita risada, porque de todos os ítens, até agora não consegui cumprir nem um terço. Pude ver que nem sempre a gente consegue ser fiel aos nossos sonhos. Essa lista me ajudou hoje de novo.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Você combina com o quê??

Então um dia a gente de repente muda de ares. E depois de ter jurado que "isso nunca!", você se pega usando um lenço amarelo-limão e se achando com ele. Foi assim comigo e as cores. Sempre fui do tipo tons terra. Aliás, o meu signo é terreno até não poder mais. Mas depois dos 40 você se redescobre. E descobre cores em você que nunca tinha imaginado. Os tons terrosos estão ficando mais lindos com verdes-pistache, roxo-beringela, amarelo-canário, vermelho-chinês. E o branco reinando ao redor. Estou tonta, com a overdose de cores que tenho imaginado em mim e na minha humilde casinha. Uma surpresa boa a cada instante, a cada olhar deslumbrado para o novo. É como se a vida tivesse acabado de começar. Isso numa simples pincelada ou numa caixa de feira transformada em revisteiro, num bule travestido de floreira.
Descobri que combino com o belo e, mais, que combino com a alegria. E você, combina com o quê??? Bj!

Roxo, lilás, uva e suas combinações


A mistura dos tons arroxeados com o laranja e o verde não ficou demais de linda?!


E olha esse tapete uva...


Agora eu sei que o roxo azulado está só no detalhe do vaso e da única cadeira, mas fez uma diferença... De qualquer modo, são ideias lindinhas pra colorir o almoço, o jantar, a reunião ou a sala mais simples do mundo... Simplicidade é o máximo do chique, né...
Obs.: fotos tiradas do O Móvel