terça-feira, 21 de outubro de 2008

Dói. Mas passa. Ou não...


Ta certo. Tem hora que a gente exagera. Você bem que tentou não errar na mão. Postergou inclusive as decisões, mas o cara era insistente. Vai ver queria mesmo um sacode. Mas... Tem sempre um "mas". E admitir que cometeu um erro não é coisa à qual se acostume assim, facilmente, como se fazer um mea culpa fosse a coisa mais natural do mundo. Quase sempre dizer "ops! errei..." não é lá muito aprazível. Mas admito, eu, que nos últimos tempos ando mais mole, isso faz um bem danado.

Pode doer na hora. Aliás, dói mais na hora em que a gente sente que carregou na mão e que aquelas quatro ou cinco palavrinhas poderiam bem ter sido contidas. Poderiam, né. Mas já foi. Já era, amigo. Dói muito momentos antes de se tomar a decisão de fazer o óbvio: pedir desculpas.

E não vale aquela desculpinha besta, tipo "oi, foi mal". Na verdade, o pedido de desculpas requer quase um ritual interior. O sujeito vai primeiro se acostumando com a idéia. Isso vai fazendo com que seu ego inflado vá murchando aos poucos, sabe? A fase seguinte é de adormecimento diante da conclusão inevitável: "o pedido de desculpas deve ser feito porque isso fará bem ao próximo e liberatar a sua alma". Olha só que frase mais transcedental! É quase um mantra! Pois o próximo passo é recitá-lo interiormente até que uma onda de otimismo se sobreponha totalmente à sua vontade de fazer de conta que nada daquilo aconteceu e que esse papo meu ta qualquer coisa, enfim que estamos muito além de Marraquesh.

Resistiu à tentação? Pediu desculpas em alto e bom som? Ou em letras compatíveis com a capacidade de enxergar do olho humano? Sentiu? Agora nem doeu né?

Ahã. Vaii dizer isso pro seu editor-chefe agora querido. A edição do jornal fecha em dois dias e sua reputação depende disso. Ou pelo menos a sua consciência como jornalista. Doído mesmo vai ser fazer o seu chefe entender.

Até amanhã.



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Por que não posso acreditar em fadas?


SirArthur Conan Doyle. Você sabe quem foi ele? Não, você não sabe. Mas se eu disser "Sherlock Holmes". Esse nome lhe diz alguma coisa?
Pois fique sabendo que Doyle foi o criador desse personagem, um dos mais populares e intrigantes da literatura moderna. Sua primeira aparição se deu numa história de ficção chamada "Um Estudo em Vermelho", publicada numa revista britânica, em 1887. Daí por diante os ávidos leitores ingleses e metade do mundo passaram a conhecer os mistérios e a ciência investigativa do que é considerado um dos maiores investigadores do mundo da ficção. Sempre cético diante de mistérios aparentemente "do outro mundo", Holmes desafiava as crenças e resolvia mistérios até então insolúveis - e há quem dissesse que ele praticamente era o alterego de seu criador, Sir Athur Conan Doyle.
Pois foi o mesmo Arthur, que também era médico e um devotado cientista, quem escreveu uma teoria sobre a existência das fadas, o que está brilhantemente exposto no filme "O Encanto das Fadas".
Quero que me digam: por que um britânico de alta reputação como escritor, médico e cientista enfrenta o risco de ser levado ao ridículo ao declarar publicamente que crê em seres especiais do mundo espiritual entre nós, e eu, uma simples jornalista do terceiro mundo não posso? Porque vou parecer uma criança que se recusa a crescer? Mas se você diz a uma criança que há um anjo guardando o seu sono, ela acredita. E realmente há. Uma coisa eu te digo: seja o que for, investigue, comprove e observe. Mas antes de qualquer coisa, creia. Jesus dizia assim aos seus discípulos, quando eles perguntavam se lhes seria dado o paraíso: "quem não vier a mim como uma criança, não herdará o paraíso".
Pergunto aos incrédulos de plantão: há alguma coisa em que você acredite e que não conta aos outros, porque teme ser ridicularizado? Tem alguma coisa aí, dentro de você, que pulsa e te faz mais feliz, mas que você não revela porque tem medo de parecer "anormal"?
Que bom! Você não é o único. Pode crer.
Até amanhã.

domingo, 19 de outubro de 2008

Acredite: você pode

http://br.youtube.com/watch?v=gSLSZ3J_S-o
Acredite. Você pode.
Foi assim que terminei um dia estranho, quando tudo parecia que iria dar errado. E deu. Mas quando eu comecei a pensar no que tinha dado errado e admiti que partiram de mim as atitudes mais importantes para que as coisas erradas acontecessem, então ficou mais fácil aceitar a mudança.
A verdade é que boa parte do meu dia eu passava, mesmo que sem perceber, sabotando os meus próprios planos de sucesso. Das coisas mais simples às mais complicadas. Você, tenho certeza, por algum momento deve ter percebido isso em sua vida. E não acreditou que pudesse ser verdade. E se não percebeu, meu caro, está na hora de repensar os seus conceitos sobre você mesmo.
Sabe, a gente nem percebe que está fazendo o jogo do avestruz consigo mesmo. Aquele passo em falso dado na hora da prova de física pode ter sido milimetricamente planejado lá no fundo de sua mente, a cada a vez que você dizia pra um amigo "eu não consido entender essa matéria", ou "física é mesmo um mistério pra mim", ou simplesmente "odeio física, não aprendo essa coisa".
E o mais impressinonante que isso é uma espécie de condicionamento. Pro resto da vida a gente carrega as conseqüências desse "treinamento em não acreditar em si mesmo".
Então, assista o vídeo que está aí ao lado. Ele pode ser importante, cara. Pode fazer a diferença sobre o resto de sua vida. Já ouviu falar na história do Rei Arthur? Pois então. Dê uma forcinha a si mesmo, ta. Não é bobagem não...
Té manhã.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Factóide. Que diabo é isso???




Vc deve estar pensando aí com seus teclados, que escrever deve ser muito fácil pra essa bloggeira aqui. Digo que está certo e errado, mano.


E quem vive de política sabe do que estou falando. Aí vc diz: peraê, lá vem vc com essa m... de política? Venho porque tem tudo a ver, colega. Um jornalista - um bom jornalista - acha matéria em tudo, né. É. Mas até pegar o gancho da coisa, leva uns bons anos de experiência. E a política ajuda muito nisso. Jornalista que quer saber escrever, de verdade (e nisso se inclui o fato de ter de escrever de uma hora pra outra, sobre assuntos com os quais não tem muita afinidade, ou pelo menos não gosta muito, e às vezes de madrugada ou de manhã cedinho, quando as idéias ainda não se organizaram direito) deve estar atento: ou mergulha na política ou na polícia. Não é trocadilho, não.


Políticos e policiais são mestres em criar factóides. E, amigo, cá pra nós, não tem nada que movimente mais a imprensa do que um bom factóide. Ah, não sabe o que é? Eu explico. Diz o nosso amigo dicionário: "substantivo masc., fato que pode ou não ser verídico, normalmente divulgado amplamente pela imprensa e que geralmente tem relação com a política ou acontecimentos do dia-a-dia; pode ser criado ou amplificado, dependendo da intenção de quem o divulga, para chamar a atenção para outro assunto, criar uma cortina de fumaça, ou mesmo para promover alguém ou alguma coisa".


Não que a imprensa viva disso. Mas de vez em quando ela tem de lançar mão desse tipo de, digamos, artifício. Mais insistentemente durante períodos eleitorais. E um bom redator sabe bem aproveitar um factóide. Repórteres policiais aliás sabem fazer isso como ninguém. Talvez só percam para os repórteres de celebridades.


Ah... ta reconhecendo o bicho agora, né? Pois é. Sabe aquela historinha da menina que ficou com o carinha mais lindo da festa depois de hooooras paquerando no msn, via torpedos e tudo mais, e que uma amiga sua, que nem precisa dizer o nome acabou esparramando, mesmo sabendo que a mina só ganhou uma carona desprentesiosa do carinha no fim da festa e não aconteceu nada a não ser um beijinho inocente na saída do carro? Pois é. Sua amiga criou ou deu asas a um factóide. É verdade que a menina saiu da festa e deu um beijinho no carinha. Mas o que passar daí é puro factóide. Provavelmente, a sua amiga estava precisando de atenção.


Ou vai ver (o que não duvido) a tal menina é que estava precisando virar o assunto da escola. Publicidade, garotos, é tudo!


Até amanhã.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Sem sacanagem...

Ta bom. Eu admito que da última vez escrevi demais. Mas, por favor, eu sou jornalista.
Aí vem a turma mais moderninha e diz assim: pô, Lili, a gt ta no time da net, vc naum podd escv tanto!
Não entendeu? Só se for marinheiro de pouca viagem por aqui. É que se antes a gente, fã da caneta, da máquina de datilografar e do teclado já não podia escrever muito por causa da objetividade, depois da net piorou bastante. Se você não sabe, a ordem é cortar palavras.
Sem sacanagem, mas tem hora que dá vontade de desistir de escrever, porque as pessoas simplesmente não têm mais paciência pra ler. Há muito pra fazer, não é mesmo?
Ontem recebi um pps de uma pessoa bacana sobre as novas regras da Língua Portuguesa. Achei ótimo. Mas confesso que até chegar na parte que me interessava, pulei uma meia-dúzia de páginas. Ah, você não sabe o que é pps? Então, amigo, trate de frequentar mais esse nosso mundinho virtual. Mesmo porque, as regras do tal slide valem a pena. Humm... slide você entendeu, né? Mas se lembrou daquele aparelho - um tal retroprojetor onde o professor passava as figuras pra gente no colégio? Não vou nem dizer que é caso típico de DNA (Data de Nascimento Antiga). Confere o pps e divirta-se com sua ignorância. É o que eu tenho feito ultimamente, enquanto me distraio nesse Blog. Estou me sentindo o máximo, sabia? Mais legal ainda quando entro no msn pra perguntar a um garoto de 14 anos como é que se põe um gadjet aqui no Blog. Quem disse que a net está afastando as pessoas, deixando-as mais frias ou qualquer coisa assim, enganou-se. Taí mais uma prova das vantagens de não se ter certeza das coisas.
As pessoas que julgam que sabem tudo são pedantes e perdem o principal da vida: fazer novos amigos, compartilhar experiências, dividir pequenas bobagens como uma risada, um mico. Saibam todos que "pagar mico" também ajuda a gente um bocado.
Mas isso é assunto pra outro post. Também não sabe o que é? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Até amanhã, brother.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

De perto ninguém é normal

Ontem eu falei sobre como as derrotas e incertezas dessa vida podem ser bem úteis.
Hoje tive certeza (rsrsrs) disso.
A questão é que começar um dia sem saber ao certo o que ele lhe reserva lhe abre um caderno de possibilidades. Não que isso signifique uma completa desordem no seu dia-a-dia. De repente vai ter gente aí dizendo: "a Lili é muito doida".
Não é nada disso. Quando falo sobre incertezas estou falando sobre não tentar controlar tudo, não ser bitolado em um conceito sobre as pessoas. As coisas mudam. Por que pessoas não podem mudar?
De perto, como diz Caetano, ninguém é normal. Ah, não é mesmo. Sabe aquele seu amigo todo certinho, cheio de pompa, que tem o cabelo arrumadinho e come na hora certa, que sai com a namorada de mãozinha dada e é o filhinho querido do papai? Vai lá, olha de perto pra você ver. Garanto que aquele cabelo dá um trabalhão e que ele, pra mantê-lo assim, falta pouco perder o juízo em frente ao espelho, comprometendo o dia inteiro com pensamentos sobre pomadas e cremes pra prentear. De repente o cara come na hora certinha porque tem um problema digestivo qualquer ou porque a mãe dele é do tipo mandona, autoritária, que nunca permite atrasos à mesa, ou então ele mora com a avó ou com a tia solteirona. E a namorada? Bom, essa é a única coisa boa que pode haver na vida do cara, né não? E ele sabe Deus o que faz pra manter a bela junto de si, custe o que custar (o que pode acabar fazendo dele um pobre criado de mocinhas mandonas pro resto da vida). Manter tudo isso funcionando com um sorriso de "filho preferido do papai" no rosto não é mole, não. O cara é forte, admito.
O fato é que todos temos nossos calos e cada um sabe onde o seu aperta. Num mundo feito de aparências, julgar o outro pode ser um caminho errado. Você não é normal. Eu também não sou. O seu artista predileto não é (sim, aquele, lindo, todo perfumado, que mora numa mansão, canta divinamente, ta sempre com a roupa, o tênis e a namorada mais gata do mundo). Tem um exercício bom pra encarar essa falta de "normalidade". Imagine o sujeito no banheiro, sentadinho no trono, do jeito que veio ao mundo. Pronto. Ele é igualzinho a você. O trono pode ser de ouro. Mas ele é igualzinho a mim e a você: cheio de pequenos (ou grandes) defeitos.
Até amanhã.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Hoje é o primeiro de muitos dias diferentes

Não quero ser piegas, mas se for, e daí? Quero falar sobre o que as derrotas têm de positivo. E sobre como perder pode significar ganhar.
É comum a vitória nos deixar arrogantes, insensíveis aos sentimentos das outras pessoas. É comum a gente se perder num monte de planos mirabolantes e depois se decepcionar com quem nos prometeu um mar de rosas.
É como a gente se decepcionar até mesmo conosco.
Um amigo hoje me disse que está sozinho há um ano e meio, depois de ter uma decepção. Disse que não pretende ficar pulando de galho em galho, porque por mais divertido que isso pareça no início, depois é cansativo. Pois é. As coisas boas da vida também cansam...
Quero que entendam que nem sempre ganhar significa realmente isso.
Se tivéssemos o poder de adivinhar o futuro, talvez pudéssemos realmente nos sentirmos invencíveis e até um tantinho acima do resto da humanidade - caso lá na nossa bola de cristal estivesse escrito algo do tipo: "tudo vai correr às mil maravilhas!".
Mas a gente não está com essa "bola" toda. O que nos resta, simples e humildes humanos, é desejar boa sorte a quem venceu e nos direcionarmos para aquilo que nos faça feliz nesse momento. E o que pode fazer feliz um derrotado (vendo pelo ponto de vista atual)? A esperança.
O sonho. O trabalho. Planos novos.
Planejar faz bem, rejuvenece, mexe com nossa criatividade, nossa engenhosidade, com sentimentos que estavam adormecidos na rotina e nas certezas que a gente tinha.
Taí. Acho que certezas demais deixam a gente velho.
Até amanhã.