domingo, 8 de setembro de 2013

GOSTOU? PEDE UM!

Tendência geral nos anos 1980, ter um vestido desenhado exclusivamente pra gente era o máximo. Me lembro da primeira vez que minha mãe me levou a um estilista pra escolher o modelo que usaria no meu baile de debutante (taí outra coisa que está voltando aos poucos, só que repaginadíssimo, claro).  Então. O post hoje traz croquis (é assim que se chamam os desenhos de moda) feitos por um jovem talento da moda. O BLOG DA LILI teve acesso a alguns modelitos  elaborados para algumas beldades de São Paulo e Rio, baseados nas tendências de Milão, Paris, Nova Iorque e Berlim, com um toque tropical. As cores fortes, as rendas, especialmente as de algodão, salpicadas de minúsculos strass, plumagens, ombros de fora e cintura marcada não faltaram.
Não posso dizer muita coisa, mas garanto que já escolhi meu modelito - exclusivíssimo - que usarei no casamento do meu irmão no ano que vem. Vejam, apaixonem-se e, se quiserem, podem copiar estes, desde que tirem uma foto depois e mandem pra cá, mostrando como ficou. Essa coisa de ver a obra sair do papel é simplesmente o must!
E aí? Vai dizer que nunca sonhou com um vestido exclusivo pra chamar de seu? A estilista da M.A.R.B.R adora receber comentários. Por isso, fique à vontade.






quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CAMINHANDO COM HERÓIS...

 ...e muito charme! É assim que você estará ao se aventurar na tarefa de aproveitar o tempo livre e as velhas revistinhas em quadrinhos para repaginar aquela sapatilha que você adora, mas que já não está tão bonitinha. Fácil, rápida e baratíssima, a solução é ideia da Revista do Artesanato, que o blog compartilha, com gosto!
Mas, aproveitando a deixa, a gente quer deixar aqui um toque sobre essa coisa de se divertir no trabalho.  A sapatilha ao lado pode até parecer infantil para alguns, mas o que seria da vida se não fossem as brincadeiras, o bom-humor, as piadas e as risadas que damos de vez em quando? Como caminhar por aí, sem um sorriso, um toque de alegria? Ah...infelizmente, há tanta gente que ainda não aprendeu que a vida sem sorrisos não passa de um brinquedo quebrado! Tem gente que vive de cara amarrada por qualquer 'de-cá-uma-palha'. Ou melhor, vive, não: morre. Sim, porque morre-se um pouquinho a cada azedumes que se espalha por aí. Morre-se no coração do outro. E mata-se também. Mata-se automaticamente um outro sorriso e, com ele, provavelmente, aquela esperança que pode ter começado a nascer.
Então, fica aqui um tiquinho da graça que esses pezinhos podem ir espalhando por aí, se aceitarem o nosso convite para brincar um pouco de ser feliz. Nem que seja assim, visitando o mundo da fantasia, caminhando com heróis de papel. São de papel, mas ainda assim, podem ajudar a gente a colorir um pouco a vida.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

PARA APRENDER E ENSINAR

Quantas vezes somos levados a aprender, automaticamente, sobre qualquer coisa, como se fôssemos robôs? Convido você a um exercício agora: que matéria ou conteúdo escolar você diria que marcou você no colégio?
Posso dizer que mesmo que você não tenha lá tanta  simpatia pela disciplina, aquela que mais  marcou a sua vida adolescente teve tudo a ver com o professor ou professora que estava com o giz na mão. Sim, sou do tempo do giz. Agora há a lousa de acrílico , o pincel e o retroprojetor. Já há tablets e notebooks nas salas de aula. Mas ele, o mestre, está lá, de alguma forma. E é ele o cara por detrás do amor ou do ódio que você nutre até hoje por matemática, gramática, física ou ginástica olímpica. Seja qual for o conteúdo aprendido, o nível de aprendizado e sintonia adquiridos por você se deve, em primeiro lugar, ao quanto essa pessoa conseguiu se conectar com você.
Eu, por exemplo, detestava Moral e Cívica (pausa para eu me sentir velha..ai!). Enfim: a tal da MC me atraía tanto quanto um cálculo de física quântica ou um dente quebrado. Mas a Irmã Graziela - esse o nome dela - era a coisinha mais fofa do colégio. Fofa no sentido de pessoa agradável, engraçada, espontânea e cativante. E o que ela tinha de mais cativante era o entusiasmo pela matéria que lecionava, apesar de saber da preguiça geral da moçada em aprender hinos, regras de moral e civismo, normas de conduta e tudo aquilo que a Pátria Amada Idolatrada Salve Salve exigia num tempo de ditadura. Apesar de tudo isso, eu nunca me esqueci da letra do Hino à Bandeira, nem do Hino à Independência  - que aliás considero mais bonito que o Nacional. Acredito que a grande maioria da turma também não se esqueceu. Fico pensando aqui como é que a gente se lembra mais de umas coisas do que de outras. Assim como guardei tantas coisas ligadas à Ir. Graziela, também não me esqueço jamais da sequência de números que representaram as notas do meu boletim no 2º bimestre do 3º ano de magistério: 20, 04, 18, 19, 20, 17.  A discrepância da nota 4 em matemática jamais seria esquecida, tamanho o susto e a vergonha que passei ao obter, pela primeira vez na minha orgulhosa vida estudantil, uma nota vermelha registrada no boletim. E aí está o fio condutor dessas lembranças que se fixaram na minha cabeça de modo tão marcante: a emoção, o sentimento estava por trás de cada uma. E é o sentimento o motor da memória prodigiosa de muitos atores, cantores, professores e tantos outros profissionais, não importa a área em que atuem.
Tente memorizar qualquer coisa, da mais simples à mais complicada, e você poderá comprovar por si mesmo que quando a emoção, o sentimento, seja ele bom ou ruim, está agindo junto, a conexão entre o que quer aprender e a sua mente se faz com facilidade. Daí não deixar as crianças na sala na hora daquela novela ou filme... Daí ser tão fácil aprender as regras do futebol ou aquela coreografia e ser tão difícil memorizar os nomes das capitais dos estados brasileiros ou a tabela periódica. Quando a diversão ( emoção) está no comando  tudo fica mais leve e a informação flui naturalmente. O mesmo ocorre com emoções negativas. E então? Isso o fez lembrar-se de algo? Que memórias você guardou e por quê? Que relação isso pode ter com o profissional que é ou que deseja ser?
Para comprovar o que digo, peço que assistam o vídeo das palestras TED que trago logo a seguir. Nele,  Ramsay Musallam, professor de química norte-americano, fala sobre as molas-mestras do aprendizado de uma forma divertida e conta como um drama pessoal o fez enxergar o ensinar e o aprender de outra forma. Confesso que assistir o vídeo me fez lembrar as aulas da Ir. Graziela e das professoras Selma Medeiros e Vanda Teles, co-responsáveis pela minha paixão pela literatura, design e filosofia. (Foto: Filme Sociedade dos Poetas Mortos - altamente recomendável/assistam)



Ramsey Musallam: três regras para despertar o aprendizado

PINGO D'ÁGUA


domingo, 1 de setembro de 2013

APARA-DORES

Bom, esse post já deveria ter sido feito há pelo menos três semanas, mas nunca é tarde para contar coisas boas aos amigos, não é?  Passei esse tempo aparando as dores de ter um membro da família dodói - AVC são três letrinhas que não significariam muita coisa separadas, mas juntas fazem um estrago e tanto na vida da gente. Falando em dores, calha bem esse novo uso para um velho móvel de pau-ferro que encontrei jogado no fundo do quintal do meu pai. Era um balcão onde meu avô Braziolli, marceneiro de mão cheia, aprontava das suas. Não fotografei o dito cujo na sua vida pregressa (rsrsrs). Mandei o carroceiro lá buscar e o moço quase não acreditou quando eu disse que ia aproveitar aquilo. "Ô, Dona Lidiana, a sinhora não  incomoda d'eu perguntar modequê  a senhora vai querê esse troço todo sujo de lama e velho, não?", falou ele enquanto me ajudava a carregar "o troço" pra dentro de casa. Aí eu contei que ia "botar as minhas dores pra correr, usando velhas lembranças do meu tempo de criança". Ele ficou sem entender do mesmo jeito. Mas disse que ia voltar pra ver o resultado. Sabe que agora, vendo o móvel na minha sala da janta, cheguei à conclusão de que não haveria mesmo um nome mais adequado para essa coisa. APARADOR - que bem podia ser escrito assim: APARA-DORES. Porque foi enquanto eu pus a mão nele, pra transformá-lo em algo bom e útil, que eu pensei nas minhas dores mais sentidas. Lavei, lixei, retirei umas coisas que estavam podres, deixei apenas o que prestava, a madeira boa e forte que nem prego conseguia perfurar. Pintei, lixei de novo, envernizei. Sem perceber, fiz o mesmo comigo. Daí, também concluí que com gente tem uma diferença: coração de gente às vezes é pior que pau-ferro.  Tem de ter uma paciência danada e mesmo depois de todo o trabalho, é preciso de vez em quanto refazer ou retocar, pra que o brilho da alma não seja apenas um vernizinho por fora.  E aí está, pra vocês e pro seu Zé da Carroça, o resultado. Compartilho porque achei bastante interessante como resgatei o que há de melhor em mim, enquanto resgatava esse móvel do fundo do quintal do meu velho pai. Beijos e um abraço quente a todos.
 
Escova pra a limpeza...

 
Água e esforço físico limpam tudo...até a alma


Uma velha porta de armário de cozinha que uma amiga lá de Beagá me deu faz mais de um ano...


 
Tirei o puxador...



Dá pra imaginar o que vai acontecer com ela?

 

 
Pincel e tinta látex branca (latinha pequena, Coral, 23,00, na Nova Cores)

 
O branco é a cor da paz mesmo...

 
Enquanto branqueio o velho móvel, algumas outras coisas também vão ficando claras...

 
Um pouco de tinta azul-pacífico (também da Coral, 23,00, na Nova Cores) e lixa fina pra dar uma carinha de móvel de fazenda usado, transformaram o antigo balcão de marceneiro do meu avô Braziolli e fez um conjunto bem bonitinho com os meus banquinhos velhos, que pintei com as crianças há uns dez anos...

 
Meu aparador agora apara muitas coisas boas: a garrafa de vodka tem um azul tão lindo que não resisti - virou vasinho de flores de madeira lá de Cabo Frio (RJ), que ganhei da minha tia-amiga-comadre Ana Maria. As galinhas de madeira são da Oficina Dedo de Gente (Curvelo-MG), o boizinho de cerâmica é da Natal (RN), o porta-balas de vidro trabalhado ganhei da minha irmã, Giovanna, o porta-retratos carrega as fotos antigas da família - incluindo uma da formatura da minha mãezinha, ainda no curso de Magistério do Colégio das Clarissas Franciscanas (Corinto-MG), e embaixo, a bandeja de vidro e crochê - um trabalho lindo feito pela minha prima Ana Paula (Goiânia - GO).