segunda-feira, 20 de julho de 2009

Meu olhar estrangeiro sobre essa tal de Democracia


Tenho quase 41 anos. Portanto, peguei uma parte considerável da "mal-ditadura". Não sei bem o que vão pensar de mim depois que lerem isso, mas preciso desafogar um nó aqui: às vezes a gente, que se comunica por tantos meios, abusa dessa tal de Democracia.

Ou será que tantos anos aprisionados nas correntes do militarismo nos deixaram "burros demais" como dizem os Titãs, a ponto de não saber usar esse utensílio tão precioso? O que me faz refletir a respeito - e não é de agora - é justamente a mania que algumas pessoas têm de fazer a crítica por simples prazer, sem acrescentar qualquer vírgula de sugestivo ao seu momentozinho intelectualidade. Isso acontece em todos os meios de comunicação, em especial no rádio, veículo que pelo simples fato de estar ligado e, dependendo da distância e do volume, coloca em nossos ouvidos - queiramos ou não - palavras nem sempre muito digeríveis.
Experimentei essa delícia de sensação outro dia no caminho de Curvelo a Diamantina, quando um passageiro empolgado tratou de presentear a si mesmo e aos demais passageiros com uma das suas pérolas do hip-hop-disco-punk-funk-pop ou seja lá o que for aquilo. Algo do tipo "chega aqui minha eguinha que eu vou por na vc na minha". E eu ali, sem poder fazer nada pra conter essa coisa que estalava nos meus tímpanos embrulhando o estômago.

O que me fez refletir foi que essa semana comparei essa aberração musical (sinto muito se alguém aí discorda) com algo que me passaram pela internet - um certo pronunciamento de um político disfarçado de dono da verdade e que insistia em chamar de "programa de rádio".

Que me perdoem os ouvintes e seguidores, mas democracia é isso aí - termos o direito de discordar ou concordar. E de fechar a janelinha, sair do blog, desligar o rádio, jogar o papel no lixo, desligar a tevê, desplugar o ipod... Ouvir/ler asneira é que não dá.

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